O Google continuará a oferecer assistência a empresas que utilizarem o sistema operacional Android e estejam envolvidas em disputas judiciais, anunciou nesta quarta-feira o presidente de conselho Eric Schmidt, como parte do esforço do gigante da Internet para cimentar alianças diante da concorrência cada vez mais intensa.
Schmidt, que encerrou em Taipei uma visita a três cidades asiáticas, fez pequenas concessões à China, com cujas autoridades o Google teve desentendimentos quanto a censura e ataques de hackers, afirmando que a companhia desejava "atender aos cidadãos chineses dentro dos limites permitidos pelo governo."
"Dizemos a nossos parceiros, entre os quais os aqui de Taiwan, que sempre os apoiaremos. Por exemplo, temos apoiado a HTC na disputa com a Apple porque acreditamos que as alegações da Apple sejam incorretas", disse Schmidt a jornalistas durante sua visita a Taipei.
O apoio se dá sob a forma de compartilhamento de informações, assessoria técnica e acesso a patentes detidas pelo Google, para fins jurídicos e de licenciamento, disse Schmidt.
A Samsung Electronics, maior fabricante mundial de aparelhos equipados com o Android, e a fabricante taiuanesa de smartphones HTC estão envolvidas em disputas de patentes com a Apple. Alguns analistas consideram que as disputas sejam uma forma de a Apple atacar o sistema Android.
Em sua biografia autorizada, Steve Jobs, o cofundador da Apple, é citado como tendo afirmado que desejava "destruir" o Android, que se tornou a mais popular plataforma para celulares inteligentes.
A visita de Schmidt acontece no momento em que os fabricantes asiáticos de aparelhos Android se preparam para lançar novos modelos equipados com a plataforma Microsoft Windows, em busca de diversificação e de reduzir o risco gerado por dependência excessiva com relação ao Google.
"As companhias que produzem hardware Android e componentes para esses equipamentos são quase todas de Taiwan. O propósito principal da visita de Schmidt é obter mais apoio e criar uma colaboração mais estreita com os taiuaneses", declarou o analista Ming Chi Kuo, da Concord Securities.