11 de novembro de 2011

Adobe lança atualização póstuma do flash para Android





Depois de matar o flash nos dispositivos móveis a adobe lançou uma nova versão para Android, que traz diversas atualizações corrigindo diversas falhas. O Flash 11, embora seja a última versão principal, não vai ser a última atualização de segurança, segundo a companhia. De acordo com o site Mashable, o diretor da Adobe Brad Arki disse no Twitter que a empresa continuaria a liberar atualizações de segurança. 


O Flash é suportado em dispositivos que rodam Android, o sistema operacional móvel do Google, que é quem mais deve sair perdendo com o fim do produto, depois da Adobe, claro. O Flash era usado como uma estratégia de venda, uma forma de destacar e diferenciar smartphones e tablets com Android dos produtos da Apple, uma vantagem que vai deixar de existir e fazer com que os fabricantes criem novas formas de diferenciar seus produtos, principalmente do iPad. 

A Adobe anunciou na quarta-feira que iria descontinuar o desenvolvimento do Flash Player para dispositivos móveis. Desde 1997, o Flash vem desempenhando um papel importante na internet e ajudou a alavancar experiências online como games e streaming de vídeo. Porém, a Adobe não conseguiu transferir essa importância do Flash da web em PCs para celulares e tablets.. 

Pode-se dizer que a morte do Flash foi uma vitória de Steve Jobs, que não conseguiu viver tempo suficiente para ver isso acontecer. Jobs sempre considerou o Flash um produto pouco confiável e não-adaptado para dispositivos móveis. Isso porque, quando o Flash foi criado, foi projetado totalmente para PCs, com uma CPU rápida e ligada na tomada, relembra o TechCrunch. Celulares e tablets, pelo contrário, dependem totalmente da vida útil da bateria para funcionarem e, por isso, tem CPUs mais lentas para economizarem energia. 

Com a diminuição da velocidade da CPU dos dispositivos móveis, diminui também a capacidade gráfica do Flash, que ainda por cima aumenta o consumo da bateria. Isso justifica a escolha da Apple para que o navegador Safari, que roda nos iPhones e iPads, não suporte páginas com Flash Player. Mesmo que isso signifique o fim de uma era, e o fim do suporte da Adobe ao Flash em dispositivos móveis possa significar o desinteresse pelo desenvolvimento de experiências web em PCs usando essa tecnologia, a companhia se comprometeu a se focar no desenvolvimento do HTML5. 

Como o próprio nome diz, a linguagem é a quinta versão do HTML, e traz importantes mudanças quanto ao papel do HTML na web. Entre os avanços do HTML5 estão o maior suporte gráfico e integração com elementos de hardware, criando aplicações na web com gráficos 2D e 3D, integrar busca por voz aos sites e até mesmo movimentar objetos em tela conforme se move o notebook, por exemplo.